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2012 - Livro Vermelho 2013

Podocarpus sellowii Klotzsch ex Endl. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 01-10-2012

Criterio:

Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

P. sellowii é uma arbórea com ocorrência em 4 biomas brasileiros, em ambientes florestais úmidos. A espéciepossui propriedades de usos medicinais, paisagísticos, madeireiros e para o reflorestamento. Apresenta Extensão de Ocorrência superior à 20.000 km², sendocategorizada sem risco de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Podocarpus sellowii Klotzsch ex Endl.;

Família: Podocarpaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​A espécie se caracteriza pelas folhas elípticas a lanceoladas e escamas das gemas terminais triangulares a lanceoladas, com ápice agudo (Garcia, 2002).

Potêncial valor econômico

Apresenta uso comercial das folhas e madeira, com finalidade energética, medicinal, paisagística, madeireira e também na recuperação ambiental de áreas florestais (Carvalho, 2004).

Distribuição

Ocorre na Bolivia e Brazil, nos estados do Pará, Acre, Rondônia, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Souza, 2010).

Ecologia

Árvore perene, que habita áreas florestais e campestres em grande parte do território brasileiro. Fértil durante o ano todo e polinizado pelo vento.

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A perda de cobertura vegetal do estado Rondônia iniciou pela abertura da BR 364 e posteriormente pela instalação de assentamentos rurais. As principais ameaças antrópicas na região deve-se diretamente à agricultura e pecuária, e indiretamente à atividade madeireira e mineração (Ribeiro; Veríssimo, 2007). O projeto PRODES monitora o desmatamento da Amazônia por satélite. O desmatamento estimado de Rondônia em 2011 foi 120 km². Considerando desde o inicio do projeto em 1988, o ano com maior taxa de desmatamento foi 1989 com 630 km², seguido de 2008 com 574 km². O desmatamento acumulado até 2011 somam 6488 km² desmatados (INPE - PRODES).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes No estado do Rio Grande do Sul, o desmatamento dos bosques naturais, especialmente da Floresta Estacional e da Mata dos Pinheiros, é uma das conseqüências do modelo de desenvolvimento que sempre buscou novas fronteiras agrícolas e novas áreas para cultivo, promovendo o plantio até a borda dos cursos d´agua, com perda de vegetação ciliar, e implicando no uso de adubos químicos de alta solubilidade e na aplicação de herbicidas e pesticidas. A conseqüência imediata da retirada da cobertura vegetal foi a maior fragmentação dos ecossistemas e o aumento do processo erosivo. A longo prazo, tal situação levou a sérios problemas associados, como perda da capacidade produtiva das terras, redução nas colheitas, degradação física, química e biológica dos solos, aumento no custo de produção, assoreamento dos rios e reservatórios, redução na qualidade e disponibilidade da água, aumento no custo de tratamento e danos à vida aquática. O domínio da Mata Atlântica ocupava, originalmente, cerca de 13 milhões de hectares (50% da superfície do Estado), tendo atualmente remanescentes de mata e restinga que atingem apenas 600.000 hectares, aproximadamente, 5% da cobertura original. Outra conseqüência direta do desmatamento abusivo tem sido o desaparecimento gradativo de espécies vegetais de valor econômico e ecológico, das quais se destacam o pinheiro brasileiro, (Araucaria angustifolia), as canelas (Nectandra spp.), os angicos (Parapiptadenia rigida), os cedros (Cedrela fissilis), as grápias (Apuleia leiocarpa), as imbuias (Ocotea porosa), etc. O ecossistema campos, em área limítrofe com a Argentina e com o Uruguai, vem sofrendo forte descaracterização em função da utilização intensiva para atividades agropecuárias e com o incremento do uso de espécies vegetais exóticas para melhorar as pastagens naturais. Este processo destrói as características naturais do ecossistema campo, colocando-as em risco de completa eliminação, apesar de sua importância ecológica. Cabe ressaltar a necessidade de serem adotadas soluções conjuntas, pois alguns desses locais formam corredores ecológicos. Nas áreas de restinga, junto ao Litoral do Estado do RS, há situações bastante distintas em função de influências antrópicas e relativamente ao seu estado de conservação, no que se refere aos aspectos da biodiversidade (Margareth et al., 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreas protegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária, mineração, extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo (Costa, 1997).

Ações de conservação

5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: As sementes de Podocarpus sellowii apresentam comportamento típico de semente recalcitrante e o grau crítico de umidade é de aproximadamente 26,8% de água (Garcia; Nogueira, 2008).

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: A espécie foi categorizada como DD na Lista Vermelha da IUCN 2012.1 (IUCN, 2012).

Referências

- FEARNSIDE, P.M. Desmatamento na Amazônia brasileira: história, índices e conseqüências. Megadiversidade, v. 1, n. 1, 2005.

- GARCIA, R. J. F. Gimnospermas - Podocarpaceae. 2002. 1-4 p.

- CARVALHO, P. E. R. Pinheiro-bravo: Podocarpus lambertii. Circular técnica - Embrapa Florestas, n. 95, 2004.

- SOUZA, V. C. Gimnospermas in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB110202>.

- GARCIA, L. C.; NOGUEIRA, A. C. RESPOSTA DE SEMENTES DE Podocarpus lambertii E Podocarpus sellowii ? (Podocarpaceae) À DESSECAÇÃO. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 18, n. 3, p. 347-352, 2008.

- IUCN RED LIST OF THREATENED SPECIES. Podocarpus sellowii, 2012.

- MARGARETH,V; COLLE, C.; CHOMENKO, L. ET AL. Projeto Conservação da Biodiversidade como fator de contribuição ao desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul - Diagnóstico das Áreas Prioritárias., 2005.

- COSTA, J.P.O. Avaliação da reserva da biosfera da Mata Atlântica., São Paulo, 1997.

- RIBEIRO, M. B. N.; VERÍSSIMO, A. Padrões e causas do desmatamento nas áreas protegidas de Rondônia. Natureza & Conservação, v. 5, n. 1, p. 15-26, 2007.

Como citar

CNCFlora. Podocarpus sellowii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Podocarpus sellowii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 01/10/2012 - 19:04:51